quarta-feira, 26 de maio de 2010

Você no Mundo do Trabalho - Depoimentos 8 - A equipe



É uma falta de responsabilidade esperarmos que alguém faça as coisas por nós.
John Lennon


Depoimento do publicitário, integrante da equipe Mundo do Trabalho, Haber David Granato de Souza Dominato
A disciplina “Realização em Documentário”, por si só, para mim, já foi uma grande surpresa. Digo isso porque, como estudante de pós-graduação em TV, Cinema & Mídias Digitais, nunca chamaram minha atenção, as produções em vídeo-documentário e como “telespectador” sempre tive dificuldade em atentar-me numa produção com tal tipo de linguagem audiovisual. Para mim, fazer parte de um grupo que vê em documentários uma maneira intrigante e criativa, bem como envolvente, de se contar uma história era muito difícil, pois sempre achei narrativas lineares e ficcionais, mesmo que baseadas em fatos verídicos, mais atrativas.
Aí, depois, veio a segunda parte do desafio: o que vamos documentar? Nosso professor, Cris, pediu que entregássemos, ao término daquele mês, um documentário em vídeo de dez a quinze minutos de duração, no máximo; e a nossa colega, inclusive membro do grupo deste trabalho, Camila; trouxe a idéia de documentarmos o trabalho de sua mãe, Floriscena, dentro do INSS, no setor de Reabilitação Profissional. Mais tarde, com o tempo e, acima de tudo, com seu norte, o tema do nosso documentário foi ficando mais preciso e, por fim, decidimos apresentar para aquela disciplina, um documentário sobre a Reabilitação Profissional em Juiz de Fora.
Para mim, foi uma vitória e um momento de superação, ter chegado ao final deste curso com o propósito de realizar, na disciplina “Trabalho de Conclusão de Curso”, um documentário sobre a Reabilitação Profissional. Primeiro porque, como disse, no começo deste texto, a linguagem documental nunca teve por mim muita contemplação e, com isso, nunca encheu meus olhos. Em segundo, porque até então, a única coisa que, eu, Haber, conhecia sobre o tema “Reabilitação” era ligado a dependentes químicos ou então ao trabalho de pessoas – trabalho não, esforço, melhor dizendo – que gostariam muito de retomar parte dos movimentos de seus membros, ou se readaptarem a uma nova condição, por motivos pessoais mesmo, não necessariamente profissionais ou vinculados ao trabalho. Eu ouvia sim, muito inclusive, em aposentadoria por invalidez; mas que havia um setor público que era responsável por reinserir, no mercado de trabalho, pessoas que tinham vontade de trabalhar e até mesmo precisavam, só que não podiam mais, por conta de uma limitação física, eu não sabia.
Agora, por que decidi abraçar o mencionado tema, afinal? Acredito que vocês devem estar se fazendo esse questionamento, correto? Afirmo ter sido as pessoas. E, quando digo “as pessoas”, não me refiro apenas aos nossos personagens, que são profissionais que trabalharam ou trabalham com a Reabilitação ou até mesmo os segurados que vêem no trabalho daquelas pessoas a razão para seguirem sonhando e atuando em suas vidas, mas também as pessoas que estiveram ali, ao meu lado, na “lida”: filmando, escrevendo, editando, decupando, palpitando e se envolvendo cada vez mais, como eu.
Foi por causa delas que me apaixonei pelo assunto do nosso projeto, a ponto de pegar um pequeno documentário em vídeo apresentado para, especificamente, uma disciplina da pós-graduação, envolver-me com as histórias daquelas pessoas que deram seus depoimentos ali e decidir dar um “upgrade” naquele videozinho de dez a quinze minutinhos sobre o tema e transformá-lo num documentário maior, digno de uma apresentação de um Trabalho de Conclusão de Curso, de uma pós-graduação em TV, Cinema & Mídias Digitais da Universidade Federal de Juiz de Fora.
Resumindo, estou trabalhando neste projeto porque fui hipnotizado, a ponto de meus olhos brilharem, pela dedicação e empenho dos meus colegas, da Floriscena e de todos os outros envolvidos no trabalho, por de trás, à frente ou diante das câmeras.

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