segunda-feira, 7 de março de 2011

8 de março - Dia Internacional da Mulher

Com as atenções da população brasileira voltada para o Carnaval, o Dia Internacional da Mulher será celebrado em dias diferentes em cada região do país. Na capital paulista, o ato foi transferido para o próximo sábado, 12 de março. A concentração será a partir das 9h no Centro Informação Mulher, na Praça Roosevelt, de onde as mulheres marcharão pelo centro da cidade em luta por autonomia e igualdade, contra o machismo e o capitalismo. O encerramento será na Praça da Sé.
Em Minas Gerais, a comemoração será no dia 11 de março, em ato unitário com a pauta “Combate à violência contra as mulheres e luta pelo direito à moradia”, a partir das 16h na Praça Sete em Belo Horizonte. Já no dia 12, haverá debates sobre a crise econômica que afeta as mulheres no Brasil e no mundo, a necessidade de organização e resistência contra as retiradas de direitos femininos, e a mulher negra. O evento conta com a presença dos palestrantes do Instituto Latino Americano de Estudos Socioeconômicos – ILAES, Movimento Mulheres em Luta – MML e Quilombo Raça e Classe. No mesmo sábado, no Pará haverá a palestra"8 de março: Contra o machismo e a exploração; em defesa da mulher trabalhadora" às 9h no acampamento do MTST/ Estrada do Outeiro. No Rio de Janeiro, em 17 de março, haverá panfletagem na Central do Brasil, às 16h, e no dia 22 será o Pré-lançamento do Fórum estadual de luta contra a violência à mulher.
Apesar das comemorações acontecerem fora do dia 8 de março, a data oficial do Dia Internacional da Mulher não passará em branco. Em Brasília, o bloco do Pacotão homenageia a revolução árabe, com a presença das mulheres da CSP-CONLUTAS. No Maranhão, o desfile na Passarela do samba, por meio da exposição de faixas e estandarte, denuncia a violência contra a Mulher e a situação das Trabalhadoras, além de demonstrar solidariedade às mulheres haitianas e do Oriente Médio.
Segundo reportagem do jornal Brasil de Fato, publicada em 02 de março, apesar de reconhecerem a importância histórica da eleição da primeira mulher para a presidência da república no Brasil, as feministas acreditam que esse fato não é o suficiente para mudar a vida das mulheres. A matéria ressalta problemas como a tentativa do Supremo Tribunal Federal de supressão de medidas da Lei Maria da Penha, a falta de vagas em creches e escolas, o desrespeito aos direitos trabalhistas das mulheres, a mercantilização da mulher na publicidade, entre outros.
No cenário mundial, a ONU apoiará as comemorações do Centenário do Dia Internacional da Mulher, em cidades do Quênia, como Nairobi, Garissa e Nyatike. O tema deste ano será "Igualdade de Acesso à Educação, Formação e Ciência e Tecnologia: O Caminho para o Trabalho Digno para as Mulheres." Serão realizados espetáculos de dança, exposições e discursos de autoridades do governo, bem como palestras que contam histórias reais das mulheres na luta pela independência.

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